Para
grandes manobras, como mudanças e órbita, inserção
e queima de reentrada, o veículo possui o Sistema de
Manobras Orbitais (OMS – Orbital Maneuvering System),
que é constituído de dois motores foguete de propelente
líquido. Os motores são localizados na parte traseira
da espaçonave, um de cada lado da base do estabilizador
vertical e têm 12.000 libras de empuxo.
Para manobras menores, como acoplamento, estabelecimento e manutenção
de atitude, o veículo dispõe do Sistema de Controle
de Reação (RCS – Reaction Control System).
Esse sistema é composto de conjuntos de pequenos motores
foguete de propelente líquido localizados no nariz e
na cauda do veículo. Eles são divididos nos três
eixos principais e podem movimentar o veículo em rotação
e pequenas translações. Cada conjunto possui motores
de dois tipos: Primários e Verniers. Os primários
têm 870 libras de empuxo e os verniers, para manobras
precisas, apenas 24 libras de empuxo.
O RCS é utilizado também como alternativa para
auxiliar, concluir, ou isoladamente realizar a redução
de órbita (queima) de reentrada. O sistema é usado
para manobrar o veículo depois da queima de reentrada
até que as superfícies aerodinâmicas tornem-se
efetivas na atmosfera mais densa.
Portanto, sempre temos que tomar muito cuidado com o controle
do seu propelente (deve sobrar quantidade suficiente para manter
o controle na reentrada!) e integridade do sistema de alimentação.
Para controle da alimentação dos sistemas, a tripulação
conta com os painéis no topo da cabine de controle, onde
pode controlar o propelente para cada grupo isoladamente.
As manobras podem ser realizadas manualmente pelo piloto ou
pelo comandante utilizando o “manche” (RHC –
Rotational Hand Controller) e o controle de translação
(THC – Translational Hand Controller) do painel frontal,
ou programadas no piloto automático (DAP – Digital
Auto Pilot), localizado no pedestal central entre os assentos
do piloto e do comandante na cabine de controle.
É também interessante notar que, para as manobras
de acoplamento, visto que o dispositivo de acoplamento do veiculo
é localizado no compartimento de carga voltado para o
topo do veículo, o piloto utiliza um conjunto de controles
secundários (RHC e THC) localizados no painel traseiro
da cabine de controle (Flight Deck) para movimentar o veículo,
enquanto observa visualmente a aproximação pelas
janelas superiores e traseiras da cabine. Nesse caso, existe
um interruptor que pode alterar o sistema de controle em termos
de direção de resposta dos inputs dos controles.
Isso auxilia o piloto a “raciocinar” com o movimento
à frente (aproximação da ISS) como o movimento
para cima em relação aos eixos do corpo do veículo.
Isto é, no caso desse interruptor ser acionado, quando
o piloto empurra o THC (comanda movimento +X) o veiculo move-se
“para cima” (no eixo Z, sentido topo do veículo).
Nas
próximas semanas continuaremos com outros sistemas e
operações do Ônibus Espacial. Até
lá!
Outra
coisa!...Acompanhem a Missão do Atlantis à ISS
na TV
Nasa. Atualmente temos 5 astronautas companheiros
meus de turma da NASA (Classe de Astronautas 17 – Turma
98 - Pingüins) no espaço: Sunita (Suni) Willians,
Steven (Steve) Swanson, John (Danny) Olivas, Lee (Bru) Archambault
e Clayton (Clay) Anderson.
Um
grande abraço,
Marcos
Pontes